segunda-feira, 13 de junho de 2011

» Entrevista com Deputado Miguel Martini

Deputado Miguel Martini
Deputado Miguel Martini

A segunda vinda de Cristo está próxima

Preocupado em trazer à luz do conhecimento dos católicos tudo o que diz respeito à aproximação da segunda vinda de Jesus Cristo à terra, o deputado federal Miguel Martini (PHS/MG) lança pela Editora Canção Nova o livro A segunda vinda de Cristo.

Baseado na Palavra de Deus e na liturgia da Igreja, Martini enfatiza que trabalhou de forma a não amedrontar as pessoas, mas despertar nelas a esperança na segunda vinda gloriosa de Jesus.
Nesta entrevista, o parlamentar constata que os fiéis não estão devidamente preparados para este momento.

Miguel Martini é bacharel em História, membro do grupo mundial de evangelização de políticos e empresários, além de pregador da Palavra de Deus em diversos movimentos e pastorais da Igreja Católica. É também deputado do Estado de Minas Gerais.


cancaonova.com: Por que abordar a segunda vinda de Cristo?


Miguel Martini: Há muito tempo eu estudo sobre este tema e percebo que pelos sinais, pelas profecias e pelo cumprimento delas, esse dia está muito perto. Percebo também que dentro da Igreja Católica esse assunto não é tratado. Os católicos não estão devidamente preparados para este tema, para o momento que nós estamos vivendo. Fiquei mais de dez anos resistindo a escrever este livro, mas a partir de uma das pregações do Padre Jonas eu tomei a decisão de escrevê-lo. Coloquei à disposição pouquíssima literatura, pois há pouco para os católicos lerem sobre este assunto. Por isso quero dar essa oportunidade a eles, com uma linguagem católica, a partir da doutrina da Igreja.

cancaonova.com: Quais foram as bases que o senhor usou para a elaboração do conteúdo deste livro?

Miguel Martini: A Palavra de Deus, que é a base fundamental; a doutrina da Igreja e, sem dúvida, a liturgia da Igreja Católica. Tudo isso nos fala da segunda vinda de Cristo.

cancaonova.com: Muitas pessoas têm medo de falar sobre o final dos tempos, a vinda de Jesus, o apocalipse. É possível tratar desse tema sem causar medo nas pessoas?

Miguel Martini: Tenho certeza de que eu alcancei esse objetivo. Quem ler este livro [A segunda vinda de Cristo] poderá perceber que nós não trabalhamos o medo, mas a esperança. O Evangelho de Lucas, capítulo 21, versículo 28, diz: "Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima " (Cf. Lc 21,28). Ninguém se prepara para uma libertação com tristeza, com medo. Nós trabalhamos [na obra] a esperança, a alegria e muito mais. O fato é que precisamos nos preparar, porque se o noivo vem, a noiva tem de estar bem adornada, bem preparada, cheirosa e perfumada. Nós também procuramos nos preparar nessa direção.

cancaonova.com: O conhecimento é a melhor maneira de se preparar?

Miguel Martini: Sem dúvida. "Porque o meu povo perece por falta de conhecimento" (Os 4,6) afirma o profeta Oséias. Então, que ninguém pereça por falta de conhecimento. Nós queremos dar essa oportunidade e a Editora Canção Nova está procurando dar a conhecer sobre este assunto. Agora, o que as pessoas fazem a partir deste 'conhecer' é um problema pessoal delas. Mas que ninguém seja surpreendido.

cancaonova.com: O senhor pode afirmar que o livro do padre Jonas Abib A Bíblia foi escrita para você o influenciou e também foi base para este livro?

Miguel Martini: Sem dúvida. Primeiro porque conhecer a Palavra de Deus foi fundamental, pois quem não a conhece, não consegue perceber que Jesus vai vir uma segunda vez. Uma vez me chamaram para pregar sobre a segunda vinda de Cristo, cheguei nesse lugar e as pessoas não sabiam que Ele tinha chegado uma primeira vez. Então, eu tive de evangelizá-los para depois falar da segunda vinda de Cristo.

Deus sempre me levou a perceber, – por meio da Palavra d'Ele –, as profecias e os significados delas, então, comecei a me inquietar e a dizer: Por que não se escreve sobre isso na Igreja Católica? É um tema que todo Advento trabalha: a segunda vinda de Cristo, os tempos finais. Sempre se fugiu desse tema, mas eu comecei a me dedicar a ele, a ler e a estudar outras literaturas; até que, finalmente, tomei a decisão de escrever este livro, procurando colocar nas mãos dos católicos um instrumento que lhes permita conhecer sobre a segunda vinda de Cristo, para que possam se preparar para esse momento, o qual eu acho que está muito próximo.


cancaonova.com: O senhor trabalha num campo cheio de controvérsias, ou seja, na política. Sendo um homem de fé, como testemunhar e viver o final dos tempos nesse meio?

Miguel Martini: Precisamos ser cristãos onde quer que estejamos. A política é um lugar mais árido, mas também é muito fértil para se evangelizar. Nós já começamos o 'Café de Oração' na Câmara Federal e também fizemos isso enquanto estávamos na Assembléia de Minas Gerais. Percebemos que há uma fome, uma sede de Deus. Há pessoas que têm poder econômico, político, mas estão com um vazio no coração; por isso, é um ambiente onde precisamos ocupar um espaço.

Em Atos 9,15, quando Deus chama Paulo e manda-o evangelizar os reis e as autoridades nos palácios, percebemos que todas essas denúncias sobre as quais a sociedade está tomando conhecimento, é um desses sinais escatológicos. Jesus disse que no final o joio seria separado do trigo, e hoje, estamos vendo com muita clareza, em todos os setores da sociedade, o joio sendo separado do trigo. Quem quiser escolher o joio, que escolha, porque está muito bem claro o que é joio e o que é trigo, para que as pessoas não sejam mais enganadas.


cancaonova.com: É preciso que nós sejamos luz em todos os setores e, na hora da separação, que estejamos lá também para testemunhar. É isso o que o senhor tem feito na política?

Miguel Martini: Nosso proceder político tem de ser completamente diferente do daqueles que não conhecem Jesus. Não dá para dizer que você é católico, mas aceita o aborto em determinados casos. Não existe isso, ou você é luz ou é treva. Sombra não é luz, é ausência dela. Nós precisamos testemunhar Jesus.

Quando fiz meu primeiro pronunciamento na Câmara, eu disse que era intransigente, defensor da vida, contra o aborto de qualquer forma que ele se apresente. Assim, eu me identifiquei; gostem de mim ou desgostem, minha posição é essa, não tenho de usar de palavras agradáveis. Primeiro é o meu compromisso com Deus, com a verdade; a partir daí, nós ordenamos o resto
Fonte:
http://www.cancaonova.com/portal/canais/entrevista/entrevistas.php?id=442

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